Sempre os sabonetes
Sujeiras da meninice
Daquelas que não devem sair
Que sobrepõem as crendices
Que não deixarão de existir
Sabonetes na memória
De todas as formas e cores
Quanto cheiro de história
Quanta vida nos olores
Que infância que não volta
Com perebas, folhas e fumo
Ê tempo bom sem derrota
Brincar, sujar, sonhar sem rumo
Os sabonetes estão lá
Nas memórias, nos gatilhos
Fechar os olhos e aspirar
E contar para os filhos
Inspirado no conto "Fetiche", de contos de Rivelli