Impotência
Eu nem sequer me despedi.
Não toquei as tuas mãos gélidas e rijas.
Não deitei lágrimas aos teus pés imóveis.
Não rezei nem lamentei!
Eu nem sequer me despedi.
Mas o teu sorriso continua vivo na minhas lembranças quando as tuas mãos, sutilmente, tocaram as minhas e no doce afeto dos beijos que outrora destes me.
É um vazio profundo,
uma saudade impotente
e uma vontade que machuca muito mais pelo fato de não haver reencontros do que pelo
fato de não estar contigo.
Saudade que esfola meus pensamentos na embriaguez de um sofrimento inútil contra um tempo que não existe mais.
É a impotência de ser racional...
E eu nem sequer me despedi!