Objetos
Nesse mundo de objetos trash
Abandonados em poeira
Triste fim naquela prateleira
Algum utensílio que renasce
Não vai para o descarte
E foi limpo e feito o desenlace
Dos fios dobrados marcados de história
Mas outros foram esquecidos, quase sem memória
Lapso do tempo que é apagado, correu feito esteira
Houve um bom uso daquilo quando era útil
Mas que foi escondido e engolido
Para surgir em outra maneira
O que se faz com a emoção gerada pelo apego?
Desse item trash, easter eggs, sua compra foi um erro?
Inúmeros dias me deu sossego
Mas que hoje se vai através de um simples arremesso
Retrátil, portátil, na embalagem dizia frágil
Hoje é frágil pela velhice e mal zelo
Na caixa coloco um aviso no selo
—"Hoje eu não quero mais vê-lo".