Quando vento sopra porta
Abre e entram memórias que sempre voltam
O tapete de entrada levanta

Trazendo poeira antiga da varanda
Deixando seca a boca
Deixando voz rouca.

 

Das histórias que ficam
Do amor que não se explica
Tudo brota da estante das Imagens

Neste instante erguem-se miragens

Todas as viagens

Pedem passagem

Paisagens.

Aberto o baú de lembranças

Saltam-lhe o que não mais figura

Mas segura as ânsias

Reforça os pilares da vida

Construídos com o que nunca passa

Vitórias, derrotas guardadas

No fundo da alma que aguarda

Voltar as lembranças deixadas.