Quando pensei que não pudesse mais

Quando o sol em mim não existira

Amanheci escuro, triste, incapaz

de reflorir meu sonho, não fluíra

 

De pouco em pouco, o pranto fez-se vergel

E um novo recomeço: o sol voltou a nascer

Quando a sombra se desfaz no clarão do céu

Em meu peito esquerdo algo voltou a bater

 

E o tempo, como sempre, o curador

Aquela dor apunhalada dentro do peito

Que se pensara do apego engano amor

Do desbrotar de se querer o bem afeito

 

E o tempo: com sua corrente terapêutica

Um turbilhão de tempestade inesgotável

De imergir em profusões da Hermenêutica

E se dizer de ensinamento inconstestável

 

(GONDIM, Kélisson. Ensinamento incontestável. GONDIM, Kélisson (Org.). 

In: Vozes Perdidas no Tempo. Brodowski: Palavra é arte, 2020, p. 155. ESCRITO EM 2011).

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 19/07/2022
Reeditado em 20/07/2022
Código do texto: T7563087
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