TAMBORES NA ALMA
O som dos tambores ecoa na alma.
O vento sussurra a paz e a calma.
Por entre as folhagens que ficam a cantar.
As grossas correntes arrastam na terra.
Os ecos dolentes repetem na serra.
Parecem as ondas que vêm lá do mar.
A dança cadente, negra sinfonia.
Balança os corpos, terminando o dia.
Enquanto a lua vem tudo pratear.
Anciano ancestral, desfiam rosários.
Cantando louvores, poemas lendários.
Prá Virgem das Dores a alma curar.
Apenas paredes, capelas sem teto.
Abrigam as crianças,amor e afeto.
Almas inocentes, ainda a sonhar.
Quem sabe um futuro, então mais risonho.
Apaga o passado, atroz e medonho.
Um mundo mais justo, na Terra brotar.
Regina Madeira
12/06/2022
"imagem do Google"