*Codó - 1957*
O pioneiro do Truacuá
Raimundo Rodrigues dos Santos
Viu nestas terras os encantos
E por aqui quis findar
Sua jornada de sonhos
Desde de Caxias, seu lar
Foi caçador, foi cassaco
Em toda vida, aventuras
Quis se elevar em altura
Em meio a heróis escassos
Quando gritou com bravura
Aqui será meu lugar!
Um pai para índios amigos
pajé e cacique em cor negra
um elo de paz sobre as mesas
sem sangue inocente em perigo:
a reserva é lar dos indígenas
No Tracuá, outra história se fez!
Embalando o chão, tal presente
O tempo já não era mais oco
Pois com um padre brasileiro e uns poucos
A Santa foi o exemplo dos crentes
Santa Cruz, vela acessa, reluzente
Ó Luzia todos viram teu rosto!
Era o ano de cinquenta e sete
Findado em cifras de perfeição
Clareira, cruzeiro, embrião
Codó de joelhos em prece
O padre Adolfo em quermesse
E as ofertas em frutos nas mãos!
A história não nega, de fato
As lembranças lançadas no tempo
Foi Codó que no mês de dezembro
Fez real o futuro em retrato
Entre índios e seus poucos contatos
_ "Viva à Deus", disse ele aos sedentos!