Fonte: REVISTA BULA
Gesto de adeus
Acenou-me adeus!
Foi-se!
Apenas uma mão levantada...
Rosto impassível...
Dizia quase nada,
Um gesto tão banal
Frio e formal.
As horas vividas,
A paixão incontida,
Verdades não ditas
Tudo, num simples gesto.
O que era?
Pequenos nadas ou restos?
Deveria ser um grande amor.
E, se morreu, nada foi.
Grandes amores deixam rastros
Marcas dos passos
E de passagens.
Pedaços de desejos...
Gosto de abraços...
Sabores de beijos.
Acenou-me adeus e se foi
Noites tão longas
Madrugadas cansadas...
Luzes da noite agora apagadas.
Estrelas sem viço...
O cordel de versos
Em raios da lua
Dos confins do universo.
-.-.-.-.-
Apago o abajur...fecho as cortinas!
Lá fora, no tempo sem vida, a neblina,
Encobre seu vulto...
Minha dor se apaga...
A lembrança esmorece...
Aos poucos, do seu nome,
Minha alma se esquece!
Najet, editado em 16 abr 2022.
Fonte: A MENTE MARAVILHOSA