VALE A PENA LER DE NOVO - III
Projeto literário de Olavo Nascimento em apologia às reprises das novelas da Globo que, além de permitir as releituras de textos passados, abraça novos leitores. São textos publicados há tempos aqui no Recanto, cujas republicações serão escolhidas pelo autor considerando a boa aceitação e o grau de dificuldade nas inspirações. A previsão é reeditar um texto por semana. Desde já agradeço a sua visita e comentários..
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Ainda me lembro...
Do meu tempo de criança,
Dos dias sem esperanças,
Daquele lugar que eu vivi.
Ainda me lembro...
Do meu pai sempre ausente,
Da minha mãe bem presente,
Desde o momento que nasci.
Ainda me lembro...
Das boas notas na escola,
Dos meus gols com a bola,
Do português da quitanda.
Ainda me lembro...
De pegar e soltar do bonde,
De brincar o pique esconde,
E das meninas na ciranda.
Ainda me lembro...
Da bola de gude, rodar pião,
Pular carniça e soltar balão,
De correr com a bandeirinha.
Ainda me lembro...
Do carnaval e peladas na rua,
De fisgar rolinha e cacatuas,
Das pedrinhas na amarelinha.
Ainda me lembro...
De empinar pipas com cerol,
De correr na chuva e no sol,
Das fogueiras de São João.
Ainda me lembro...
Do bom chicotinho queimado,
Do pequeno ninho derrubado,
E dos campeonatos de botão.
Ainda me lembro...
Daquela ladeira e do rolimã,
Descendo o asfalto com elã,
Do bafo-bafo de figurinhas.
Ainda me lembro...
Das bilhas rodando patinetes,
De fazer artes, pintar o sete,
Das amoras doces da vizinha.
Ainda me lembro...
Da ponta de ferro vergalhão,
Fechando os espaços no chão,
De quem quisesse me passar.
Ainda me lembro...
Do jogo de damas no tabuleiro,
Da arapuca trazendo o coleiro,
E do sabiá na gaiola a cantar.
Ainda me lembro...
De guerras de verdes mangas,
Da atiradeira, risos e zangas,
Das árvores com frutas a mil.
Ainda me lembro...
Das goiabas, sapotis e araçás,
Carambolas, morangos, cajás,
Jabuticabas, jambos e abius.
Ainda me lembro, agora enfim,
Desta saudade que não tem fim,
Que recordou tintim por tintim,
Toda a minha infância pra mim.
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Observações do autor:
Editado em 23/10/2015
Contém 51 leituras, incluindo 18 comentários
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Abraços.
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Interações e comentários(meus agradecimentos):
13/03/22 13:51 - Maurício de Oliveira
Que página rica Olavo
Fez-me ir ao passado
E reviver deste lado
Este nosso tempo encantado.
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29/05/2019 21:40 - Antônio Souza
Linda e eterna poesia, pois esses momentos não se esquece jamais. Que legal, feito tudo isso conclui-se, o Poeta teve uma infância feliz. Isso é maravilhoso! Parabéns. Meu abraço!
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22/11/2018 16:20 - Walmor Zimerman
Caro poeta Olavo, não consegui achar Os Dois Lados da Moeda... Mas acabei relendo estas suas reminiscências, parabéns! Um abraço amigo. Sim! Há evidencias que as escolas públicas, perderam muito em qualidade, o que não deixa de ser uma lastima. Pois país que não trata com esmero a educação tudo caminha para "bancarrota"... Nestes últimos tempos "eles" estavam mais preocupado em ensinar ideologias estranhas, uma verdadeira lavagem cerebral no professores e alunos... Tanto é verdade que continuam acreditando que Lula é um "perseguido" politico... Um abraço amigo.
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27/04/2018 19:48 - Cristina Gaspar
Que delícia de texto, tem muito de infância, tudo de boas recordações. Lindo deve ler. Amei, amei, parabéns, muito obrigada pelas carinhosas visitas, abraços fraternos fique com Deus. Volto no final de semana Obs: como anda passeando em minha escrivaninha, dê uma olhadinha em humor. Tem umas caipinhas que eu amei escrever. Talvez goste.
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15/01/2018 23:58 - Reijane Brasileiro
Maravilhosas recordações! A sua poesia fez-me transportar para minha infância! Parabéns e agradeço sua visita!
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05/07/2017 21:45 - Walmor Zimerman
Introspeções d´alma em emotivas lembranças. Parabéns!
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08/01/2017 21:46 - Deyse Felix
Ah, assim não vale, não! Você me deixou em pranto. Tive ideia de fazer uma prosa poética, usando quase as mesmas lembranças. >><< A-b-r-a-ç-o-s p-a-r-a v-o-c-ê.
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10/11/2016 14:23 - Stelo Queiroga
Que beleza mestre Olavo, de se ler ... te convido à minha página, venha ver ... se gostar como eu gostei, vai ser legal ... "Sobre Alma, Papafigo e Pindobal" ... (pág 26)
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06/08/2016 17:55 - Kainha Brito
Oi cheguei, finalmente rios desculpe a demora. Pois é, as lembranças da nossa infância, sempre estarão presentes em nós. Parabéns, amigo. Grata, pelas suas visitas e comentários em minhas poesias. Abraços
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26/07/2016 12:58 - Lucia Moraës
Querido amigo Olavo, podemos dizer que somos pessoas privilegiadas por termos a oportunidade de viver a nossa infância de forma tão inocente, saudável, sem preocupações, sem pressa de crescer e sem necessidade de queimar etapas. Por isso as lembranças nos são tão caras! Bjss no coração e obrigada pelo sempre carinho das visitas.
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04/07/2016 18:51 - xodózinha
Que lindo poeta...lembranças deliciosas,bjokas
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17/06/2016 18:32 - José Rodrigues Filho
Belo texto, prezado Poeta Olavo! Vivi quase isso tudo a que o Poeta se referiu, mas curti também outras brincadeira para meninos mais taludos, como brincadeira do anel; roda de casamentos, na qual alguém que representava o padre chegava nos nossos ouvidos e dizia o nome daquela garota que seria a sua noiva. As garotas vinham e estendiam as mãos em nossa direção, e, em geral, tomavam malas, pois somente aquela de quem guardávamos o nome seria a pretendente certa. "Eita"! Era muito aquele tempo de menino... Grande abraço.
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02/06/2016 10:08 - Orpheu Leal
Todas as peraltices de criança ficam marcadas na memória; quem não se lembra dos tombos, dos cortes profundos que deixaram cicatrizes, das brincadeiras, das festas caipiras, da primeira namoradinha, do primeiro beijo? Parabéns, meu amigo Olavo, pela bela poesia recordando o bom tempo de criança. Tenha um abençoado final de semana. Um abraço.
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04/05/2016 19:02 - Maria Araujo
REALMENTE UM MARAVILHOSA POESIA, ONDE VEM TECENDO O TEMPO PASSADO CHEIO DE BELÍSSIMAS RECORDAÇÕES. ISSO ERA VIDA POETA, HOJE TUDO MUDOU, NINGUÉM VIVE MAIS, A NÃO SER QUANDO PEGA AS MEMÓRIAS E JOGA NO PAPEL, E ASSIM TRANSFORMAMOS UM BELO POEMA. APLAUSOS!!! VEJA O ÁUDIO,,,ENFIM É DOMINGO,,,ABRAÇOS, MARIA ARAUJO
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17/12/2015 21:44 - LÍVIA M MASCARENHAS
Delícia de infância onde tudo era liberdade, não existia a prisão tecnológica nem o medo de sair às ruas. Onde se podia andar na chuva, ser criança normal sem as algemas atuais. Lindo poema, Olavo, suas recordações são com certeza, de muitos que por aqui passam. Parabéns, um forte abraço e um Feliz Natal!!!
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oliveira poeta [não autenticado]
Querido amigo,quantas lembranças gostosas você trouce em seu poema,é inacreditável,te confesso,vivi tudo isso,queria que hoje pudesse voltar o tempo, para reviver tudo de novo! PARABÉNS POETA! Tudo muito lindo,muito bem descrito em forma de poesia,obrigado por sua visita,faça deste cantinho parte da sua casa,volte sempre,pois me sentirei muito feliz em tê-lo aqui!
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19/11/2015 23:37 -
Ainda me lembro dos mais velhos sentados na porta a noite enquanto nós crianças estavamos no corre e corre, ainda me lembro e como me esqueceria, que na maioria das brincadeiras eu sempre era café com leite, pois era a caçula da turma. Ainda me lembro do caminho de volta pra casa onde chorava querendo continuar na casa de vovó e minha mãe falando: eu nunca mais te trago, ainda me lembro dos dias de feira com as barracas espalhadas pela rua da nossa pequena cidade. Quando me lembro de tudo isso eu sinto saudade.
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23/10/2015 16:09 - Mayra Luz
Linda sua poesia Poeta Olavo, amei!...Me fez voltar a infância na Fazenda onde morei com meus pais qdo criança. Visite-me na minha escrivaninha e leia meus simples versos. Bjos
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Projeto literário de Olavo Nascimento em apologia às reprises das novelas da Globo que, além de permitir as releituras de textos passados, abraça novos leitores. São textos publicados há tempos aqui no Recanto, cujas republicações serão escolhidas pelo autor considerando a boa aceitação e o grau de dificuldade nas inspirações. A previsão é reeditar um texto por semana. Desde já agradeço a sua visita e comentários..
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"LEMBRANÇAS DE MENINO"
Por Olavo Nascimento (12/03/2022)
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Ainda me lembro...
Do meu tempo de criança,
Dos dias sem esperanças,
Daquele lugar que eu vivi.
Ainda me lembro...
Do meu pai sempre ausente,
Da minha mãe bem presente,
Desde o momento que nasci.
Ainda me lembro...
Das boas notas na escola,
Dos meus gols com a bola,
Do português da quitanda.
Ainda me lembro...
De pegar e soltar do bonde,
De brincar o pique esconde,
E das meninas na ciranda.
Ainda me lembro...
Da bola de gude, rodar pião,
Pular carniça e soltar balão,
De correr com a bandeirinha.
Ainda me lembro...
Do carnaval e peladas na rua,
De fisgar rolinha e cacatuas,
Das pedrinhas na amarelinha.
Ainda me lembro...
De empinar pipas com cerol,
De correr na chuva e no sol,
Das fogueiras de São João.
Ainda me lembro...
Do bom chicotinho queimado,
Do pequeno ninho derrubado,
E dos campeonatos de botão.
Ainda me lembro...
Daquela ladeira e do rolimã,
Descendo o asfalto com elã,
Do bafo-bafo de figurinhas.
Ainda me lembro...
Das bilhas rodando patinetes,
De fazer artes, pintar o sete,
Das amoras doces da vizinha.
Ainda me lembro...
Da ponta de ferro vergalhão,
Fechando os espaços no chão,
De quem quisesse me passar.
Ainda me lembro...
Do jogo de damas no tabuleiro,
Da arapuca trazendo o coleiro,
E do sabiá na gaiola a cantar.
Ainda me lembro...
De guerras de verdes mangas,
Da atiradeira, risos e zangas,
Das árvores com frutas a mil.
Ainda me lembro...
Das goiabas, sapotis e araçás,
Carambolas, morangos, cajás,
Jabuticabas, jambos e abius.
Ainda me lembro, agora enfim,
Desta saudade que não tem fim,
Que recordou tintim por tintim,
Toda a minha infância pra mim.
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Observações do autor:
Editado em 23/10/2015
Contém 51 leituras, incluindo 18 comentários
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Abraços.
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Interações e comentários(meus agradecimentos):
13/03/22 13:51 - Maurício de Oliveira
Que página rica Olavo
Fez-me ir ao passado
E reviver deste lado
Este nosso tempo encantado.
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29/05/2019 21:40 - Antônio Souza
Linda e eterna poesia, pois esses momentos não se esquece jamais. Que legal, feito tudo isso conclui-se, o Poeta teve uma infância feliz. Isso é maravilhoso! Parabéns. Meu abraço!
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22/11/2018 16:20 - Walmor Zimerman
Caro poeta Olavo, não consegui achar Os Dois Lados da Moeda... Mas acabei relendo estas suas reminiscências, parabéns! Um abraço amigo. Sim! Há evidencias que as escolas públicas, perderam muito em qualidade, o que não deixa de ser uma lastima. Pois país que não trata com esmero a educação tudo caminha para "bancarrota"... Nestes últimos tempos "eles" estavam mais preocupado em ensinar ideologias estranhas, uma verdadeira lavagem cerebral no professores e alunos... Tanto é verdade que continuam acreditando que Lula é um "perseguido" politico... Um abraço amigo.
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27/04/2018 19:48 - Cristina Gaspar
Que delícia de texto, tem muito de infância, tudo de boas recordações. Lindo deve ler. Amei, amei, parabéns, muito obrigada pelas carinhosas visitas, abraços fraternos fique com Deus. Volto no final de semana Obs: como anda passeando em minha escrivaninha, dê uma olhadinha em humor. Tem umas caipinhas que eu amei escrever. Talvez goste.
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15/01/2018 23:58 - Reijane Brasileiro
Maravilhosas recordações! A sua poesia fez-me transportar para minha infância! Parabéns e agradeço sua visita!
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05/07/2017 21:45 - Walmor Zimerman
Introspeções d´alma em emotivas lembranças. Parabéns!
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08/01/2017 21:46 - Deyse Felix
Ah, assim não vale, não! Você me deixou em pranto. Tive ideia de fazer uma prosa poética, usando quase as mesmas lembranças. >><< A-b-r-a-ç-o-s p-a-r-a v-o-c-ê.
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10/11/2016 14:23 - Stelo Queiroga
Que beleza mestre Olavo, de se ler ... te convido à minha página, venha ver ... se gostar como eu gostei, vai ser legal ... "Sobre Alma, Papafigo e Pindobal" ... (pág 26)
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06/08/2016 17:55 - Kainha Brito
Oi cheguei, finalmente rios desculpe a demora. Pois é, as lembranças da nossa infância, sempre estarão presentes em nós. Parabéns, amigo. Grata, pelas suas visitas e comentários em minhas poesias. Abraços
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26/07/2016 12:58 - Lucia Moraës
Querido amigo Olavo, podemos dizer que somos pessoas privilegiadas por termos a oportunidade de viver a nossa infância de forma tão inocente, saudável, sem preocupações, sem pressa de crescer e sem necessidade de queimar etapas. Por isso as lembranças nos são tão caras! Bjss no coração e obrigada pelo sempre carinho das visitas.
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04/07/2016 18:51 - xodózinha
Que lindo poeta...lembranças deliciosas,bjokas
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17/06/2016 18:32 - José Rodrigues Filho
Belo texto, prezado Poeta Olavo! Vivi quase isso tudo a que o Poeta se referiu, mas curti também outras brincadeira para meninos mais taludos, como brincadeira do anel; roda de casamentos, na qual alguém que representava o padre chegava nos nossos ouvidos e dizia o nome daquela garota que seria a sua noiva. As garotas vinham e estendiam as mãos em nossa direção, e, em geral, tomavam malas, pois somente aquela de quem guardávamos o nome seria a pretendente certa. "Eita"! Era muito aquele tempo de menino... Grande abraço.
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02/06/2016 10:08 - Orpheu Leal
Todas as peraltices de criança ficam marcadas na memória; quem não se lembra dos tombos, dos cortes profundos que deixaram cicatrizes, das brincadeiras, das festas caipiras, da primeira namoradinha, do primeiro beijo? Parabéns, meu amigo Olavo, pela bela poesia recordando o bom tempo de criança. Tenha um abençoado final de semana. Um abraço.
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04/05/2016 19:02 - Maria Araujo
REALMENTE UM MARAVILHOSA POESIA, ONDE VEM TECENDO O TEMPO PASSADO CHEIO DE BELÍSSIMAS RECORDAÇÕES. ISSO ERA VIDA POETA, HOJE TUDO MUDOU, NINGUÉM VIVE MAIS, A NÃO SER QUANDO PEGA AS MEMÓRIAS E JOGA NO PAPEL, E ASSIM TRANSFORMAMOS UM BELO POEMA. APLAUSOS!!! VEJA O ÁUDIO,,,ENFIM É DOMINGO,,,ABRAÇOS, MARIA ARAUJO
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17/12/2015 21:44 - LÍVIA M MASCARENHAS
Delícia de infância onde tudo era liberdade, não existia a prisão tecnológica nem o medo de sair às ruas. Onde se podia andar na chuva, ser criança normal sem as algemas atuais. Lindo poema, Olavo, suas recordações são com certeza, de muitos que por aqui passam. Parabéns, um forte abraço e um Feliz Natal!!!
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oliveira poeta [não autenticado]
Querido amigo,quantas lembranças gostosas você trouce em seu poema,é inacreditável,te confesso,vivi tudo isso,queria que hoje pudesse voltar o tempo, para reviver tudo de novo! PARABÉNS POETA! Tudo muito lindo,muito bem descrito em forma de poesia,obrigado por sua visita,faça deste cantinho parte da sua casa,volte sempre,pois me sentirei muito feliz em tê-lo aqui!
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19/11/2015 23:37 -
Ainda me lembro dos mais velhos sentados na porta a noite enquanto nós crianças estavamos no corre e corre, ainda me lembro e como me esqueceria, que na maioria das brincadeiras eu sempre era café com leite, pois era a caçula da turma. Ainda me lembro do caminho de volta pra casa onde chorava querendo continuar na casa de vovó e minha mãe falando: eu nunca mais te trago, ainda me lembro dos dias de feira com as barracas espalhadas pela rua da nossa pequena cidade. Quando me lembro de tudo isso eu sinto saudade.
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23/10/2015 16:09 - Mayra Luz
Linda sua poesia Poeta Olavo, amei!...Me fez voltar a infância na Fazenda onde morei com meus pais qdo criança. Visite-me na minha escrivaninha e leia meus simples versos. Bjos
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