A MULHER SERTANEJA DE ANTIGAMENTE

Que história tão bonita

Da mulher do meu sertão

Pra alimentar a família

Não era tão fácil não

Mesmo com os braços doídos

O milho era moído

Pra fazer cuscuz ou pão.

Na agricultura a mulher

Ao marido ajudava

Além de cuidar dos filhos

No roçado trabalhava

Mesmo com o sol tão quente

Estava ali sorridente

De nada ela reclamava.

Criatura de coragem

De amor e superação

Fazia tudo com garra

Do moinho ao pilão

Seu trabalho tão suado

Por alguns, considerado

De pequena dimensão.

Na roça a mulher plantava

Milho, arroz e feijao

Levava o gado ao roçado

Se não tivesse a ração

A noite ela não dormia

Engenho era sua companhia

Descaroçava algodão.

Com as pastas de algodão

Pegava o fuso e fiava

Já em grande quantidade

Um novelo ela enrolava

Mandava tecer a rede

Pendurava na parede

E aos filhos balançava.

Maria Aparecida de Sousa Cardoso
Enviado por Maria Aparecida de Sousa Cardoso em 28/02/2022
Código do texto: T7462380
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