A MULHER SERTANEJA DE ANTIGAMENTE
Que história tão bonita
Da mulher do meu sertão
Pra alimentar a família
Não era tão fácil não
Mesmo com os braços doídos
O milho era moído
Pra fazer cuscuz ou pão.
Na agricultura a mulher
Ao marido ajudava
Além de cuidar dos filhos
No roçado trabalhava
Mesmo com o sol tão quente
Estava ali sorridente
De nada ela reclamava.
Criatura de coragem
De amor e superação
Fazia tudo com garra
Do moinho ao pilão
Seu trabalho tão suado
Por alguns, considerado
De pequena dimensão.
Na roça a mulher plantava
Milho, arroz e feijao
Levava o gado ao roçado
Se não tivesse a ração
A noite ela não dormia
Engenho era sua companhia
Descaroçava algodão.
Com as pastas de algodão
Pegava o fuso e fiava
Já em grande quantidade
Um novelo ela enrolava
Mandava tecer a rede
Pendurava na parede
E aos filhos balançava.