𝖭𝗈𝗌 𝗍𝖾𝗆𝗉𝗈𝗌 𝖽𝖺 𝖽𝗂𝗌𝖼𝗈𝗍𝖾𝖼𝖺
Nos tempos da discoteca eu ouvia canções de amor
Pensando em você sem o menor rancor
Ouvia músicas para me libertar
Dessa sua mania louca de me amar e amar
Obsessão!
Esse é o x da questão!
A canção que tocava no meio do salão
Fazia eu trocar de par com muita satisfação
Eu bailava com um, dois, três, quatro cidadãos
E você ficava em casa achando que eu estivesse trabalhando
Desculpe querido, mas este foi um tremendo engano
Nos tempos da discoteca eu era um ser profano
Gostava de dançar para todos me darem uma grana
Você não foi esperto, você não foi sacana
De conseguir descobrir esta imensa façanha
Lembranças!
Dos tempos nos quais minha juventude falava
Os anos se passaram e a velhice me torrou feito brasa
Agora fico a ver navios e com saudade
Do meu "eu" jovem que vivia na malandragem
O tempo passa, mas eu não queria envelhecer
Queria um dia poder dormir e ficar nova ao amanhecer
Quando menos esperamos vem as rugas
Nos tempos da discoteca a minha face estava enxuta
São lembranças que não voltarão
Vou pedir a mesma juventude em outra encarnação
Com o DJ tocando e cada música marcando
Os beijos dados e os homens comigo sonhando.
Karol Pisaro - Quinta-Feira - 20/01/2022 às 10h57min.