Homérico pileque

A saudade bateu na minha porta,

Numa manhã cinzenta de janeiro.

Meu coração bateu bem mais ligeiro,

E fez jorrar mais sangue na aorta.

 

Que bom que a saudade nos exorta

A dar um passo atrás, rumo ao passado,

Pra reviver o chope derramado,

Quando se andava reto em linha torta.

 

Eis que a saudade trouxe de lembrança,

Nessa manhã cizenta, fria e mansa...

O pileque de rum (bem vagabundo)

 

No "Cantinho da Sé", céu de Olinda,

Ao som de violão... Me lembro ainda,

Que dei milhões de voltas pelo mundo!

 

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Saudade, tu me pões nauseabundo.

Mas, apesar de tudo, és bem vinda!

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 20/01/2022
Código do texto: T7433736
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