Homérico pileque
A saudade bateu na minha porta,
Numa manhã cinzenta de janeiro.
Meu coração bateu bem mais ligeiro,
E fez jorrar mais sangue na aorta.
Que bom que a saudade nos exorta
A dar um passo atrás, rumo ao passado,
Pra reviver o chope derramado,
Quando se andava reto em linha torta.
Eis que a saudade trouxe de lembrança,
Nessa manhã cizenta, fria e mansa...
O pileque de rum (bem vagabundo)
No "Cantinho da Sé", céu de Olinda,
Ao som de violão... Me lembro ainda,
Que dei milhões de voltas pelo mundo!
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Saudade, tu me pões nauseabundo.
Mas, apesar de tudo, és bem vinda!