Os bolos, as laranjinhas, o cural de milho em pedaços e o pastelão do senhor Gustavo.

As ameixas saborosas de ovos e queijo de dona Francelina.

A geleia sem igual de dona Abadia.

O melhor sonho de todos os tempos, de dona Maria, mãe do Luizinho do Bar.

As pizzas incomparáveis das irmãs do Zezé do Bar, juntamente com os picolés de frutas e cremes, feitos pelo Murilão.

O pudim delicioso, servido no Bar Estrela.

O quibe com ovo vendido no Boteco do senhor Pedro do Parque.

A merenda escolar, preparada com muito carinho pela dona Agripina, depois das aulas de dona Zulmira, dona Eda, dona Musa... No Constâncio Gomes.

Tomar banho escondido no “Córrego do Cemitério”, esperar o corpo secar, chegar em casa e ainda apanhar.

Roubar mangas, abacates, bananas, nos quintais do senhor Salada e seu Bidú.

Assistir “Chaparral”, “Kung Fú”, “Cavalo de Aço”, nos vizinhos, nas poucas tevês da época.

Os jogos de “Bete”, as jogadas de bola, as queimadas, jogo de “finca”, bolinha de gude e salve cadeia, na rua de baixo, perto da casa de tia Alice.

Passar as tardes dos finais de semana, no Açude, apreciando os corpos esculturais, bronzeados, das moças da época e assistir e aplaudir os saltos mortais do Rubinho do Correios, caindo na água.

Aprender jogar sinuca, escondidos, no fundo da casa do seu Véio Barbeiro, pai do Coutinho.

Jogar “Têka”, com o “Pedão da Gueiroba” no prédio do antigo cinema.

Correr da Dona Bermita e o Castelinho, cães de guarda dos padres italianos, por estar jogando futebol sobre a grama da Praça da Matriz.

As montarias do Zé Capeta e seu famoso chapéu, nas antigas festas do Peão.

As barraquinhas de quermesses na Quadra Paroquial e o frio insuportável nas festas do Batam, no mês de junho.

A Fanfarra e a Banda Marcial, regidas pelo maestro Toninho, nas inaugurações e desfiles cívicos na cidade.

O famoso Colégio Polivalente, com suas festinhas e as famosas aulas de Educação Física do professor João de Deus.

O Carnaval das marchinhas. Um dos melhores de Goiás, no Clube Recreativo, com as turmas do Funil, Vira-Vira, Serrock’s, Cia da Aranha...

Vender o antigo Jornal Cinco de Março, para o consagrado senhor Zequinha.

Assistir aos inesquecíveis confrontos Fla-Flu, na torre, no alto da Serrinha.

Treinar futebol com o Zé Beraldo no “Campão”, hoje, Estádio Dom Antônio.

O Café Goianinho, da torrefação e moagem do Zé Lucas, João Lucas, João César, Ico, Joaquinzinho, que acordava a cidade inteira com seu aroma.

O jogo de Dominó e Palito no bar do Xaruto e Erci e no bar do Juca do Farnéis.

Ir para o “Campinho do Arcílio” e depois de cuidar dos afazeres da chácara, deliciar com a fartura de frutas de lá. E para terminar bem o dia, bater uma bola redondinha.

Comprar “pano” nas lojas do seu Ibrahim, Elias, Naim e João Turco, para ir aos imperdíveis bailes da Banda Marcantes... Som Maior, no Country Clube.

Os espetinhos do Pamonha, Zaoera, Perola... Wilsinho, Hamilton.

Ir para a Churrascaria Central Sayonara, para ver quem chegava, quem partia... Deixando saudades.

Ô Orizona, o que fizeram de ti?

 

Edir Gonçalves

egpoesias@hotmail.com

 

 

EDIR GONÇALVES
Enviado por EDIR GONÇALVES em 30/12/2021
Reeditado em 24/01/2022
Código do texto: T7418603
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