Arpoador

No início da década de oitenta

e, quando o Rio jorrava amor,

pois nunca perdeu o seu esplendor,

regressei e por alguns meses

no Banco Nacional trabalhei.

Apesar do baixo salário

que recebia como bancário

mesmo trabalhando na sua matriz

e, somente por seis horas, de fato,

no horário de uma da tarde até as sete da noite

pegando o ônibus de número 350 para a Penha super lotado

mas, pelo fato de estar na minha cidade, adorava.

E, quando o final de semana chegava

porque não trabalhava,

ía com alguns colegas e amigos

até a praia do Arpoador

ver a garotada surfando

e, nas asas delta livremente voando

e, com isso mostrando

que, apesar da violência,

o Rio é um lugar repleto de graça,

por isso dele sempre lembrar.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 14/12/2021
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