Em cada manhã um giro no olhar e desfaleço,
A voz do silencio me chama,
Atenção me suplica, em gozo reclama,
Perco-me na solidão do teu olhar,
Mas ao mesmo tempo sinto o teu calor me sufocar,
Grito ao mundo, perguntando se alguém ouviu?
E a voz do silencio não para de me chamar,
Volto às mãos pelo corpo acariciando as partes que cobiças,
Tremuladamente dos teus lábios escorre o sumo de prazer,
Então, não resisto!
Entrego-me, no acaso da escura, sólida e muda visão,
Teus braços entrelaçam aos meus,
Teu corpo em delírio grita de paixão,
A voz dos teus anseios estremece o chão que me sustenta,
A noite torna-se então uma criança perdida, aflita e desorientada,
A nudez do sussurrar enganando as letras e os dedos procurando um espaço,
Aos poucos vais me consumindo, exaurindo do silencio,
O furor desta loucura,
Desta agonia,
Que domina este pobre ser,
EU...