POEIRA DO TEMPO
De repente a poeira do tempo
Passa por mim
E me faz relembrar os momentos passados
Que marcaram minha vida.
Vêm de longe trazidos pelos ventos
Das recordações adormecidas
Nos vales, parques e jardins,
Que costumeiramente me abrigaram;
Em seus bancos rodeados
Pelos seus caramanchões,
Decorados pelas suas flores
Perfumando às minhas tardes.
Que me deram abrigo quando a melancolia
Tomava conta de mim
Na minha incessante procura
Pela felicidade que só existia na minha mente.
Reflexos de estranhas luzes,
Que iluminavam meus caminhos
Com às suas multáveis caricaturas
Que transfiguravam o ambiente.
Vivi às fantasias dos meus sonhos
Fugi dos pesadelos que me assustavam
Nas solitárias madrugadas.