São memórias antigas

São memórias antigas

guardadas de minha infância

quando eu, ingênua criança,

entoava meigas cantigas,

de mãos postas agradecia

ao lanche renovador

recheado com muito amor

pelas tias no dia a dia.

Para brincar na roda

não precisava dinheiro

bastava folha de pinheiro;

ser feliz estava na moda;

na gangorra ou na balança,

no escorrega ou tanque de areia,

uma simples bola de meia

garantia nossa festança.

O parque ainda está lá

na praça cercada por verde

saudade que não se perde,

escola, extensão do lar.

Parece só brincadeira,

mas é também prontidão,

cores, saberes e lição,

aprender emoção verdadeira.

©Bispoeta