SERENATAS!
Oh! Janela de minha lembranças.
Que se destacava em altas horas.
Depois de uma linda canção.
Interrompendo os sonos.
Nas sonatas das insônias.
Naqueles acordes românticos.
Com ares de paixão.
Que nas noites causavam torpor.
Em busca da arte do amor!
E quando a janela se abria.
E aparecia aquele sorriso pálido.
De um semblante sonolento.
Perante o seresteiro ‘pidão’!
Que cantava os amores que tinha.
Pela letra da melodia.
Em noite adentro daquele dia.
Dava vasão ao sonho.
No transbordar da esperança.
Talvez ao coração ele alcança.
Assim eram as vozes da madrugada.
Que desagradavam alguns.
Mas que encantavam aos ouvidos.
Daqueles que não tinham dormido.
Oh! música suave.
Que hoje bate na saudade.
Como o sopro do vento
Num breve despertar.
Pelos mistérios de acordar!
Quem será?
Assim eram paixões de outrora.
Tão fortes que venceram o tempo.
Vibram até agora...
Nas lembranças de noites calmas.
Na voz de Altemar Dutra.
Meu coração ainda desfruta.
Como uma onda suave de saudade.
Naquelas noites de puro êxtase.
Muito pequenas...
Ante aos olhos
Daquela morena!