MENINO FEIOSO

Já bem crescido, na adolescência incerta...

Corria o menino, nem mesmo corria

Andava com algum amigo e seu cachorro...

Às vezes solitário, a cumprir mandados

E o pai a berrar: - volta logo seu mondrongo!

Menino feio, de pernas compridas

De braços, também, muito alongados

A boca, grande, um nariz disforme

Magro demais pra servir à Pátria Brasileira

Que só ganha dos demais nos conhecimentos!

Passou o tempo, carrega ele, ainda, essa bagagem

Parte dela; nem mágoas, nem muito boas recordações

A vida ensina que se pode caminhar sozinho...

Andar com muita gente, nem sempre ajuda...

É melhor andar só, com um punhado de gente ao lado

O menino que era feio, quando pequeno

E outro tanto charmoso

Cresceu, ficou bem grande...!

Sobradinho-DF, 03/11/07