O ano era 2013, 04 de agosto, num misto de sentimentos
Cristalina luz de aljôfar
na flor do lótus reluz
como um círio de alva chama...
No mistério de minh’alma
a luz emerge da vida
que tem raízes na lama...
Fragmentos de marfim
via-láctea refletida
no fundo da poça d’água...
Meus olhos cegos da vida
podem ver a luz profunda
que dentro d’alma deságua...
Azuis relampos nas asas
borboleta que transmigra
da lagarta ao firmamento...
Divino sopro da morte
que as asas da luz libertam
no estertor do sofrimento...
Luz de sons noturnos guizos
que há nos risos das crianças
como chuva estilhaçada...
Clarins de vozes etéreas
querubins que vêm nas trevas
e explodem numa alvorada...