LEMBREI-ME DE MIM
LEMBREI-ME DE MIM
Estive outrora com saudades de mim
Depois de um triste fim
Na ausência de minha voz
Na garganta deu um nó
Nem esperança haveria
E o simples pensar desaguaria
Sonhos que navegaram no tempo
Dissiparam num momento
Céu sem luar?
Pulmão sem respirar
Vi meus olhos te abandonar
Amor que prometeu jamais deixar
Só restou um coração sofrido
Entrelaço dolorido
Sem fazer nenhum sentido
Despertar o sentimento adormecido
Revivendo a majestosa possibilidade
Do reencontro acenando para felicidade
Extrema saudade que nos resta controlar
Sorrisos me faz recordar
O rasgar do coração
Sangrando sem perdão
Lavando com as próprias lágrimas
Que enlaçou os pés no chão
Foi a dor de uma paixão
Encharcam os olhos para a porta olhar
Mas a presença ausente insiste o chorar
Para amenizar a despedida
Que afronta todo dia
Coração cansado tentando
Com pouca força enxugar o pranto
Com a alma recaída pelo canto
Velando a tristeza que não tem pressa de ir embora
Sua imagem a toda hora
E até dormindo, sonho.
Com o coração na mão eu ponho
Com destino conduzindo minha lida
Vê somente a despedida
Segurando a minha mão,
E levando o coração
Por um momento de suspiro
A cabeça deu um giro
Até tornar-me destemida.
E assim... Que é a vida.
Caminhar até o fim
Sem esquecer jamais de mim.
By Joelma Antunes