REBOBINA.

E tão perto a gente se estranha

Deixa em aberto o que a gente nem ganha

E futura e estruturamente se guarda

E se esquece de vez

Se não quem fez

Quem dessa vez vai dizer a verdade?

Que ainda importa e ainda lembro

Dessas palavras que me seguem ferindo e doendo

E perdendo o tempo que some

Ja que de perto a gente se estranha

Mas em sonho eu vejo seu nome

Em melodias seu olho me ganha

Não foi a melhor decisão

E eu voltaria a fita 3 vezes se pudesse

Mesmo perdendo o sorriso que hoje aquece

Saberia que o deixaria á outro olhar

Faz de conta que ainda percebe

Que me entende.

E o caminho se ilumina a cada letra

Naquela caixa guardada viviam

Recortes em coração

De palavras soltas e eu nunca soube o que elas diziam

E talvez remontar algo novo sempre fosse a mensagem

E eu aperto forte aquela pedra só pra ver o que tem dentro

Mesmo que ouro, não valeria o lamento

Não valeria mais do que a história

E um dia a gente se vê

Se esbarra sem querer

E querendo se esbarrar a gente afasta

A vontade e avenida

E o caminho se ilumina a cada saudade gasta

A cada cidade e despedida

E o aperto que da aquela queda

Ainda penso e despenso se te lembro

E faz tempo Junho parece tão seco

Sem motivo e sem festejo

Tão vazio e tão cheio

De palavras soltas e eu nunca soube o que elas diziam

De palavras mudas e bocas se mexendo

e eu nunca soube o que elas diziam.

Entrecidades Kintsugi
Enviado por Entrecidades Kintsugi em 09/06/2021
Reeditado em 17/10/2021
Código do texto: T7275195
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