Canção do amor perdido
Eu sinto encantado;
O amor e a amargura
Existem quem jura,
Então tenho amado,
Mas vê a dolência
Da musa à sofrência.
Eu quero beijá-la...
Eis o azo penoso,
Também doloroso...
Ninguém vê e fala
Que vem me abraçando,
Só fico chorando!
Seu riso doce e ébrio
Igual à ironia,
Já sente a alegria
Que eu rio mais, quebre-o
À forma engraçada
Com boca adorada.
Eu sofro deveras,
Irei dar meu poema
À amada no lema,
Que lágrimas meras!
Sem próprio acalanto
Nem flor, tenho pranto...
Eu tremo e lamento...
Que em pouco tempo ainda,
Já o meu peito finda,
Só chego ao tormento,
Em céu, fica em paz,
Que a perda nos traz.
Seus lábios docentes,
Sempre ora e sorri
Quando a alma está ali,
Nos tempos dolentes,
Eu amo beijá-los...
Que beijos e estalos!
As suas lembranças
Com lúcido anelo,
Tão linda em cabelo...
Passeios e danças,
Seu bom coração
Que vem com paixão.
Palores que eu tenho...
Até sinto a dor,
Pois dou uma flor
Para ela, mantenho
Um peito querido
Que é doce e garrido.
Lucas Munhoz
(29/04/2021)