A mesma vilazinha
A mesma vilazinha
A mesma vilazinha, a mesma rua
E, nela, velhos sonhos de criança...
Piscava um pirilampo, olhando a lua
Que ainda clareava a minha infância.
Abrisse o sol no azul...chuva a granel...
Lá estava eu a brincar pela calçada!
E as pequeninas naves de papel
Alegres, corriam na enchurrada.
Por céu e terra... por mar eu navegava
E o mundo se escondia no quintal.
De todos os caminhos que passava
Trazia uma saudade no embornal.
E a ruazinha, a indicar-me o rumo,
Mostrava-me onde mora a alegria
Sem saber que eu ainda me consumo
Nesses mares de canções e poesia.