RALIDADE...


De repente escureceu e se fez noite,
os ponteirs do relogio da sala
não marcavam dezesseis horas...
Um vento frio se fez presente
e raios cortavam os céus...
E o céu chorou torrencialmente.
De repente também, as lebranças
se aninharam umas às outras...
Me senti menina, com medo de trovão
quando buscava nos braços de minha mãe,
o abrigo mais aconchegante que já conheci!
Recordações por vezes adormecidas.
Agora, eu é que sou abrigo, ou tento ser...
No hoje de minha vida, eu quero ser
o aconchego, eu tento ser a força e a fé
que alimenta a esperança,
a realidade dos sonhos daqueles
que de alguma forma confiam na minha
presença acolhedora …
Mesmo assim, uma força maior
me faz menina e tento disfarçar,
se não estiou sozinha...
Tantas lembranças, levam-me de volta
aos braços de minha mãe,
e para não sufocar,eu canto!
E é cantando, que desperto
para a realidade que me devolve a razão.