Casinha de tabuinha.✍
A casinha que morei com meu pais no meu tempo de menina:
Casinha de tabuinha, hoje parece sonho o que era um pesadelo, me olhando no espelho:
Lembro das minhas fraquezas e também dos meus dois esteios; só pela cara da para vê que não era o dinheiro.
Em meio ao devaneio que derramava o preconceito, algo que me chateava em meio à fartura da pobreza da família, levando a da casinha e os das tantas vidas passadas, uma pobreza de berço, que não sei por quanto tempo nos assombrava.
Se está casinha existisse ela falava o tanto de necessidade que as noites mudas se deitou e quantos dias silenciosos jejuou e nos dias que se fartou a mãe comia por último para comer o que sobrou, do olhar para as panelas e para o céu chorava, não restava um alimento nas prateleiras, só se via uma casinha coberta de tabuinha preta pelo tempo que cobria os dois lados e o oitão de esteira de taquara, o frio castigava cruzando as vidas de desesperanças e assim vou encerrando a nossa casinha nas minhas boas e tristes lembranças de criança.
As boas, como os sonhos que nunca se acaba e as tristes igual ao cirurgião, que por suas mãos trêmulas parou de abrir os corações...
A casinha que morei com meu pais no meu tempo de menina:
Casinha de tabuinha, hoje parece sonho o que era um pesadelo, me olhando no espelho:
Lembro das minhas fraquezas e também dos meus dois esteios; só pela cara da para vê que não era o dinheiro.
Em meio ao devaneio que derramava o preconceito, algo que me chateava em meio à fartura da pobreza da família, levando a da casinha e os das tantas vidas passadas, uma pobreza de berço, que não sei por quanto tempo nos assombrava.
Se está casinha existisse ela falava o tanto de necessidade que as noites mudas se deitou e quantos dias silenciosos jejuou e nos dias que se fartou a mãe comia por último para comer o que sobrou, do olhar para as panelas e para o céu chorava, não restava um alimento nas prateleiras, só se via uma casinha coberta de tabuinha preta pelo tempo que cobria os dois lados e o oitão de esteira de taquara, o frio castigava cruzando as vidas de desesperanças e assim vou encerrando a nossa casinha nas minhas boas e tristes lembranças de criança.
As boas, como os sonhos que nunca se acaba e as tristes igual ao cirurgião, que por suas mãos trêmulas parou de abrir os corações...