DIORITO VERDE

DIORITO VERDE

O dia de ontem se foi levado

Pelo saudosismo das cinzas

Distante, habitante da lógica

Do mel e do fel nele se esvaiu

O sêmen antediluviano diluiu

Não conseguiu trazer para si

Os arquivos de Alexandria

A Biblioteca Atlântida. Eles,

Escribas, na pele de monstros

Escreveram textos que jamais

Serão lidos. Cada revela ação

Que se perdeu sob a barbárie

De Julio César, dos generais

A desmando do Califa Omar

A própria memória não mais

Passível memorizar: o mapa

Astral acadiano. A primavera

Dos anais da cidadela Eridu

O sol estava em Taurus. Os

Astros nos céus Eocenos não

Podem ter resgate nos novos

Pensamentos. A idade dela

A gente do Manu Vaivasvata

Nos anais do continente da 4ª

Raça Raiz. Quem destes idos

Pode-se lembrar do pó vital

Que se sumiu no memorial

Dos Andes, dos brâmanes???

As cifras primitivas não, não

Guardam a própria recordação.

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 27/02/2021
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