DIORITO VERDE
DIORITO VERDE
O dia de ontem se foi levado
Pelo saudosismo das cinzas
Distante, habitante da lógica
Do mel e do fel nele se esvaiu
O sêmen antediluviano diluiu
Não conseguiu trazer para si
Os arquivos de Alexandria
A Biblioteca Atlântida. Eles,
Escribas, na pele de monstros
Escreveram textos que jamais
Serão lidos. Cada revela ação
Que se perdeu sob a barbárie
De Julio César, dos generais
A desmando do Califa Omar
A própria memória não mais
Passível memorizar: o mapa
Astral acadiano. A primavera
Dos anais da cidadela Eridu
O sol estava em Taurus. Os
Astros nos céus Eocenos não
Podem ter resgate nos novos
Pensamentos. A idade dela
A gente do Manu Vaivasvata
Nos anais do continente da 4ª
Raça Raiz. Quem destes idos
Pode-se lembrar do pó vital
Que se sumiu no memorial
Dos Andes, dos brâmanes???
As cifras primitivas não, não
Guardam a própria recordação.