Sob o sol dos meus melhores dias I
Sol quente, alaranjado e encorpado.
O bicho arranca o couro do vaqueiro mais experiente
e o galopa como um corcel domado.
Aquele sol que abençoou os meus dias, mesmo que de lágrimas,
e preencheu as lacunas do meu horizonte de alegrias indizíveis.
Um sol que remaneja a morte que me rodeia para os confins da terra
e bebe vinho com os filhos de Baco.
É aquele mesmo sol que estupra a minha frieza, engravidando-a,
e este me acompanha no dia do parto - até eu gerar luz.