MINHA AVÓ
Minha avó, mulher do campo
Senhora cheia de razão,
Carinhosa e destemida.
Colhia da terra o sustento,
De dia o sol ardia
As noites, eram cheias de magia.
As férias tinham emoções
Nas matas, serras e mar,
E o afeto da grande mulher,
Adimirava sua sabedoria.
Vivia sempre alegre,
Mesmo quando a vida castigava.
Seu dom era encantado,
Da mata trazia a cura
Eram plantas medicinais.
Da gripe? Logo ela me curava
Hortelã, gengibre, alfavaca
Limão com mel eu amava,
Doce também era o aconchego.
Chás, infusões, cataplasmas
De nada eu reclamava, gostava de com ela aprender.
O mundo deu muitas voltas,
Mas, dela ficou o legado,
O poder das plantas é sagrado.