Um Toque...
Um toque...
Que não houve...
Fisicamente sempre longe...
Espiritualmente presente...
O amor feito nas areias da praia...
O canto gaivota...
Faz brotar o menino...
Adormecido na imagem do homem...
Que é novamente inocente...
Imaturo, medroso...
Voltamos a sermos jovens...
Sonhando com um futuro próspero...
Construído em um castelo de cartas...
Tombando com o assopro do tempo...
Que enjoou do nosso orgulho...
Agora só ficou pedregulho...
Nas divagações...
De paixões sepultadas...
Sem o encontro de nossas peles...
A blusa que enrolou suas mãos...
Fez recordar...
Que você ainda está aqui, por ali...
Disseminando paixões...
Que se tornam ferrões...
Do vazio sem brio...
Cravado nos nossos...
Peitos apaixonados...
E cimentados...
Pela dureza dos anos...