DESPEDIDA do TEMPO
Um manto musgo no crepúsculo
A poesia do muso alvo
A contemplação dos olhos
Da jabuticaba doce
O poeta a inspirar versos nobres
De acasalamento de alma
O sorriso, a destreza dos dedos
No enleio do amor
Falas de outrora
Vivas na memória
Atemporal refém das vontades
És nos sonhos a figura real
Visceral e apaixonante
Um poema sem curva
Onde usa o seu domínio fascinante
Perdeu-se o palpável
Inefável bem-querer
Guardas no infinito
Na aurora, sem demora
O suave aroma
Dos teus negros cabelos Emaranhados
No toque das minhas mãos.