Poesia Ferroviária - Novorizontina...

Poesia Ferroviária Novorizontina...

(Em homenagem a Companhia Paulista e ao legado de suas atividades no município de Novo Horizonte - São Paulo, entre 1939 - 1966).

Pelos trilhos da saudade...

Ladrilhos de bondade...

Deixou uma vontade...

Em ouvir seu gemido mecânico adormecido...

Vindo a todo vapor...

Um amor incondicional de sua fornalha...

Que ao tempo, faz sonhar...

A cada novo olhar...

De sua arquitetura, na velha estação...

Fazendo um novo coração...

Em cada olhar...

Há contemplar suas memórias...

Criando novas estórias...

Ao horizonte o progresso veio ...

Ao novo esteio ferroviário,

Houve um estorvo de sua deterioração...

Sem compaixão...

Com o corvo mortuário, do esquecimento...

Gerando lamento...

Em relação ao seu sepultamento...

No tempo eterno do descaso...

Germinando um exílio...

Fraterno, ao desejo de novas chegadas...

Com partidas doloridas...

Sentidas como feridas ardentes...

Em mentes cheias de nostalgias...

Que um dia, foram alegrias...

A cada novo apito imaginário...

Testemunho silencioso de paixões...

E aflições...

O cavalo de ferro...

Avança ainda nas mentes saudosistas...

Intrepidamente pela mata...

Não acata sua flagelação...

Subjetivamente em cada um, que testemunhou...

O poder da Maria Louca...

Encantando e fumegando...

Recordações...

Que hoje são...

Uma imagem do abandono público...

De sua memória...

Repletas de histórias...

Fazendo novas estórias...