"Às Vezes Eu Fico Imaginando..." = Poesia=
Às vezes eu fico só imaginando
O que é que aconteceria comigo
Se só agora estivesse acordando
De um congelamento bem antigo
Fosse durante décadas congelado
Desde pelos idos dos anos setenta
E agora à vida houvesse retornado
De uma forma brusca, ou violenta
Acordando, de repente, me deparo
Com a visão de um simples celular
“Rapaz, que jóia! Jeito de troço caro..
Será que isso é coisa de enfeitar?”
Andando pelos arredores um pouco
Vejo em uma mesa um computador
“Que tevê pequena, coisa de louco...”
Sem imaginar que é o tal do monitor
O susto que eu teria se encontrasse
Uma mulher usando o tal fio-dental
Talvez a adrenalina não agüentasse
E o coração não voltasse ao normal
O palavreado agora me assustaria
E eu custaria muito a me acostumar
Antes do congelamento eu gritaria:
“Vai, dona Maria, seu fogão pilotar..”
Agora, meu amigo, o negócio mudou
Se a gente bobeia, a mulher xinga
Do jeito que a gente nunca xingou
Usa saia curtíssima, bebe sua pinga
Engravida na adolescência, dá a luz
Se torna uma vovó aos trinta aninhos
Dos próprios filhos a vida não conduz
Antes dos cinqüenta, os bisnetinhos
E-mails, Skype, ipod, Google, devedê
Minha nossa! Quanto coisa esquisita!
Onde terá ido parar o meu “Decavê”
Que tinha aquela lataria tão bonita?
Em um “Simca Chambord” desfilando
Na rua Augusta para baixo e para cima
Playboy azarando, “pão” se mostrando
Querendo apenas “catar boas primas”...
Calças de boca larga faziam sucesso
Camisas de gola roulê bem sofisticadas
Mary Quant, as mini-saias, o progresso
A última moda para as mais assanhadas
Discos tocando na vitrola bem moderna
Iêiêiê, bossa nova, os Beatles e o Roberto
Dança gostosa, colados, de maneira terna
Aquilo era bom, era dançar do modo certo
Foi bom por não ter sido congelado, viver
A cada dia vendo as mudanças acontecendo
Novos hábitos, modos, costumes, absorver
Sentindo muita pena por estar envelhecendo...
Às vezes eu fico só imaginando
O que é que aconteceria comigo
Se só agora estivesse acordando
De um congelamento bem antigo
Fosse durante décadas congelado
Desde pelos idos dos anos setenta
E agora à vida houvesse retornado
De uma forma brusca, ou violenta
Acordando, de repente, me deparo
Com a visão de um simples celular
“Rapaz, que jóia! Jeito de troço caro..
Será que isso é coisa de enfeitar?”
Andando pelos arredores um pouco
Vejo em uma mesa um computador
“Que tevê pequena, coisa de louco...”
Sem imaginar que é o tal do monitor
O susto que eu teria se encontrasse
Uma mulher usando o tal fio-dental
Talvez a adrenalina não agüentasse
E o coração não voltasse ao normal
O palavreado agora me assustaria
E eu custaria muito a me acostumar
Antes do congelamento eu gritaria:
“Vai, dona Maria, seu fogão pilotar..”
Agora, meu amigo, o negócio mudou
Se a gente bobeia, a mulher xinga
Do jeito que a gente nunca xingou
Usa saia curtíssima, bebe sua pinga
Engravida na adolescência, dá a luz
Se torna uma vovó aos trinta aninhos
Dos próprios filhos a vida não conduz
Antes dos cinqüenta, os bisnetinhos
E-mails, Skype, ipod, Google, devedê
Minha nossa! Quanto coisa esquisita!
Onde terá ido parar o meu “Decavê”
Que tinha aquela lataria tão bonita?
Em um “Simca Chambord” desfilando
Na rua Augusta para baixo e para cima
Playboy azarando, “pão” se mostrando
Querendo apenas “catar boas primas”...
Calças de boca larga faziam sucesso
Camisas de gola roulê bem sofisticadas
Mary Quant, as mini-saias, o progresso
A última moda para as mais assanhadas
Discos tocando na vitrola bem moderna
Iêiêiê, bossa nova, os Beatles e o Roberto
Dança gostosa, colados, de maneira terna
Aquilo era bom, era dançar do modo certo
Foi bom por não ter sido congelado, viver
A cada dia vendo as mudanças acontecendo
Novos hábitos, modos, costumes, absorver
Sentindo muita pena por estar envelhecendo...