CAIS DO TEMPO
Lá vem o trem da ilusão
Locomovendo-se sobre os trilhos
De um solitário coração.
Em seus vagões vem os amores andarilhos;
As paixões que se tornaram proibidas;
Lembranças que são apenas fragmentos
Das chegadas e partidas
Dos sentimentos adormecidos no pensamento.
Lá vem o voo dos amantes da vida
Flutuando por entre as nuvens da felicidade
Onde se esconde àquela história desconhecida
Que um escritor escreveu no livro da saudade.
Das palavras soltas vagando pelo ar
Dos belos momentos que foram vívidos,
Do lindo brilho de um anônimo olhar
Que jamais poderá ser esquecido.
Lá vem o barco das recordações
Navegando nas águas claras dos reencontros
Com às românticas canções
Dos grandes encontros.
Que ficaram nos versos e rimas de uma poesia
Que um poeta boêmio rabiscou
Nas páginas em branco da sua fantasia,
Que no cais do tempo escrito ficou.