DO MILAGRE

...Aterrisso sob minha solidão

(prescrevo-me caminhadas e esperança)

Encontro o santo, os tambores e os crentes

convivendo na lida cotidiana

Ilha, figa do amor,

cenário e corpo.

Sigo-os e deixo

escorrer pelos ladrilhos

de minha imaginação

a visão dos rebocos, azes históricos,

regada ao Reggae

No, my, no cry

Mãezinha, muié, me chamam

Sou isso aqui e outras

cariocadas mais

Mas também sendeira

para os menos acolhedores

e mais brutais

Enquanto as crioulas me benzem

com a dança-ritual da terra

Força latente, feminina

que firma o romance, encerra,

lendo a letra de Maria Firmina.

ANGELI ROSE
Enviado por ANGELI ROSE em 28/09/2020
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