DO MILAGRE
...Aterrisso sob minha solidão
(prescrevo-me caminhadas e esperança)
Encontro o santo, os tambores e os crentes
convivendo na lida cotidiana
Ilha, figa do amor,
cenário e corpo.
Sigo-os e deixo
escorrer pelos ladrilhos
de minha imaginação
a visão dos rebocos, azes históricos,
regada ao Reggae
No, my, no cry
Mãezinha, muié, me chamam
Sou isso aqui e outras
cariocadas mais
Mas também sendeira
para os menos acolhedores
e mais brutais
Enquanto as crioulas me benzem
com a dança-ritual da terra
Força latente, feminina
que firma o romance, encerra,
lendo a letra de Maria Firmina.