(Fonte: O Amor que guardei pra mim)
MARCAS FORJADAS
Tuas marcas em mim
Impressas...entranhadas,
Como em fogo, forjadas
Pelas tuas mãos.
Efeitos lancinantes...
Parecem indeléveis...recalcitrantes
Em minha dormência.
É chama...efervescência,
Caldeiras de paixões alucinantes.
Tua presença, tão inconstante,
Vezes foge e se esconde...
Ora, atrevida, se anuncia,
Achega-se e se irradia.
Dúvidas...incertezas,
Um caminho de cruezas
Latejantes,
Alcançam meu imo
Fulminantes.
Uma palavra, um gesto...
Uma flor, um gemido e, restos,
Jazem abandonados,
Quase em cinzas...
Apagados,
E o vento, sem coragem de os levar.
Tuas marcas em mim
Vão sumindo.
Tantas cicatrizes forjadas
Que pensei indeléveis,
São sinais de nada!
De eterno, fica o zumbido
De abelhas sem o mel.
Eis um final perverso...
E, de amargo, quase cruel!
-.-.-.-
najet, Fev. 2017. Editado em 28/08/2020
Fonte: obvius