O VOO DO ANUM

Um grupo de “vaqueiros” a pé

E uns de bicicleta, naquela manhã,

Entre meninos parentes e um senhor,

Tio dos jovens e pai de um deles,

Levava o gado à chapada distante.

E viram quando por sobre

A estradinha pedregosa

Passou voando um anum,

Emitindo aquele pio agoniado

E característico durante

O seu curto e desajeitado voo.

E logo, o pássaro, aparentemente

Cansado, pousou numa árvore

À beira do caminho.

De repente, o senhor falou:

“Eita, passarinho de voo ruim!

Voa dez braças e ainda vai se maldizendo!”.

Isso ocorreu num dia do passado,

Numa manhã de começo

Da estação das chuvas.

Foi há muito tempo...

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 13/08/2020
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