O VOO DO ANUM
Um grupo de “vaqueiros” a pé
E uns de bicicleta, naquela manhã,
Entre meninos parentes e um senhor,
Tio dos jovens e pai de um deles,
Levava o gado à chapada distante.
E viram quando por sobre
A estradinha pedregosa
Passou voando um anum,
Emitindo aquele pio agoniado
E característico durante
O seu curto e desajeitado voo.
E logo, o pássaro, aparentemente
Cansado, pousou numa árvore
À beira do caminho.
De repente, o senhor falou:
“Eita, passarinho de voo ruim!
Voa dez braças e ainda vai se maldizendo!”.
Isso ocorreu num dia do passado,
Numa manhã de começo
Da estação das chuvas.
Foi há muito tempo...