NÃO SEI POR QUE . . .
Sonhei que era um menino,
Que corria atrás da bola,
Que não queria ir para escola
Que só queria brincar
Com as bolinhas de gude,
Nadar nas águas do açude
E cortar as pipas no ar.
Ah! Que gostoso que era,
Me esconder da galera
Agachando por trás do muro.
Assim que podia eu corria,
Ouvia-se uma gritaria...
Eu dizia: estão todos salvos.
Era assim o dia inteirinho,
Nenhum queria parar.
A não ser para almoçar,
Mas voltar bem rapidinho.
E novamente brincar.
A tarde toda era festa,
Um contentamento geral.
Mas o tempo passou,
Aquele menino cresceu:
Não por que a gente cresce.