VELHOS MADRUGÕES
Ressaltando a velha estrada
Onde os pés calejaram
Deixando marcas no rosto
Onde as lutas madrugam
Onde a chaminé dá bom dia!
Mulheres apertando o tipiti
O cheiro vindo do forno de barro
Um prazer ; com necessidade
Onde o pai grita na lavoura
Onde a bravura faz ponte
Onde o sonho cala o pranto
Onde a vida reluz
As crianças pulam seminuas
Riscando alegria no olhar
Onde o chão recebe o riso
Na esperança vestes e sapatos
Na inocência os aplausos
A festividade ao ver a mãe
Com sacolas estiradas
Amenizando a realidade
No olhar do velho pai
Um abrasante acalanto
Onde a força abraça a fé
Num enredo de sonhos.