MARTINA, A ARTESÃ

Uma ou duas vezes no mês,

A senhora Martina vinha de longe,

De muito além daquela serra,

Para aqui vender, de porta em porta,

Seus utensílios de barro, transportados

Aconchegados numa cangalha adaptada.

E sempre guarnecidos com porções

De tufos de folhas e palhas secas.

Com seu dócil e sonolento jeguinho,

Ela percorria as casas da comunidade,

Uma a uma... Oferecendo os seus produtos.

Eram panelas, alguidares, tigelas...

Tudo feito manualmente

Por aquela hábil artesã.

O tempo passou tão depressa...

Tudo se transformou...

E ficaram as lembranças

De Martina, a artesã...

A artesã dos bem elaborados

Utensílios de barro cozido.

Isso foi há muito tempo...

Eu era criança e ainda hoje

Guardo na memória.

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 09/07/2020
Reeditado em 09/07/2020
Código do texto: T7001172
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