ESCULTURA DA REINISCÊNCIA

Céu escuro de negror acinzentado,

de frio rígido gélido e acrisolado,

voando em nuvens em forma de cavalo alado,

em casa me encontra totalmente aquecido.

Lembranças me impõem em fel bebido

num cálice amargo em ouro, talhado.

Em prazeres e dores por ti sou levado

a um passado longínquo há muito esquecido.

Revejo caminhos outrora trilhados

tocando o intangível dos sonhos deixados,

sufocando no peito o grito em gemido.

Para que não saibam de minha alma, o estado

escultura da tristeza exposta num estrado

causado por um amor, há muito esquecido.