Brincando de ser criança ( Anos -70 )
Já faz muito tempo
Muitos anos atrás
Mesmo assim ainda me lembro
Daqueles momentos especiais
Era meado dos anos setenta
Éramos moleques soltos na vida
Os dias passavam em macha lenta
No cotidiano de uma infância desinibida
As brincadeiras sempre eram tantas
O jogo de bola de meia na rua de chão batido
O descer nos carrinhos de madeira pelas rampas
Soltar pipa sem medo de ser partido
Jogar fubeca no quintal do vizinho
Brincar de pique esconde e pega-pega
Dobrar folha de papel e fazer aviãozinho
Brincar de mãe da rua e cobra cega
Os dias passavam em macha lenta
No cotidiano de uma infância desinibida
Se o moleque não sabe brincar ele inventa
Recria e as vezes quase sempre improvisa
Nunca faltava tempo e ideia pra brincadeira
A turma sempre estava ali novamente reunida
Seja numa roda de pião de madeira
Ou numa disputa desorganizada de corrida
Num tempo que não volta mais
Brincadeiras de uma infância querida
Que ficaram assim pra trás
Que aqui, simplesmente foram escritas