Aurora
Perdido, na minha infância,
Nos anos estavas ausente,
Por vezes, apenas presente,
Numa semente consciência.
Regredi, em tornar adolescente,
Para ficar preso á reminiscência,
Das tolices da velha infância,
Em que nunca esteve presente,
E aquele rico menino sofrido,
Atrás do tempo ficava escondido,
Lambendo como cão, a ferida...
Ainda tinha de quase tudo, nada,
Adulto, já criança mal-criada,
Morria de medo da pouca vida.