Aurora

Perdido, na minha infância,

Nos anos estavas ausente,

Por vezes, apenas presente,

Numa semente consciência.

Regredi, em tornar adolescente,

Para ficar preso á reminiscência,

Das tolices da velha infância,

Em que nunca esteve presente,

E aquele rico menino sofrido,

Atrás do tempo ficava escondido,

Lambendo como cão, a ferida...

Ainda tinha de quase tudo, nada,

Adulto, já criança mal-criada,

Morria de medo da pouca vida.

J B Ziegler
Enviado por J B Ziegler em 13/10/2007
Código do texto: T693291
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