Canção de Amor Eterno
A tarde desceu sombria,
Mascarada e fria,
Num triste dia de outono,
Naquele mês perdido,
Em terras de primavera.
Com seu vestido branco,
Bordado de melancolias,
Apagando as alegrias,
Desta tua canção eterna.
Lagrimas fugidias no horizonte,
Fazem-se estreles no céu,
No manto negro,
Desenhado em véu,
Num escuro funesto,
Cobrindo seus olhos,
Que tua ausência despinta.
Nossos corações desesperados,
Vão disseminando as nossas vidas,
Vai se apagando a aquarela,
Na parede estendida,
Talvez o anjo,
Tornou-se princesa,
Nalguma monarquia perdida.