Velhos retratos.
Os rios nos olhos túmidos, são veios e torrentes de decorridas águas...
Vindos de um tempo fugidio e que fora contido por horas já passadas
Esse facho de lembranças que vem das distancias a se desnudarem
Trazem a graça das divinas horas que foram outrora bem aventuradas!
Chegam como fossem um mar a nos inundarem, de memorias tantas!
Relicários, coisas transcorridas das distancias vindas a se despojarem
As auroras das velhas manhas os sois reluzentes as casas desbotadas
Priscas de calor e sons almas peregrinas noites enluaradas.
As tardes de cores grená voltam a se encontrar ao horizonte azul
Como um linda sinfonia que com passar dos dias fora perpetrada
E torna a ser novamente lida, a pauta redigida, paisagens rebuscadas
Passeiam sobre as retinas imagens que fascinam e cifras ritmadas.
Um quadro que a vida pintou com o passar dos dias e as cores das auroras
Aquarelas que têm como condutor o motor aplicado do tempo e das horas
O presente também é coautor nos esboços vindos e nos traços de agora
E, em tudo, a nós só restou se saber senhor, dono e tutor, o teor, a estória.