Velhos retratos.

Os rios nos olhos túmidos, são veios e torrentes de decorridas águas...

Vindos de um tempo fugidio e que fora contido por horas já passadas

Esse facho de lembranças que vem das distancias a se desnudarem

Trazem a graça das divinas horas que foram outrora bem aventuradas!

Chegam como fossem um mar a nos inundarem, de memorias tantas!

Relicários, coisas transcorridas das distancias vindas a se despojarem

As auroras das velhas manhas os sois reluzentes as casas desbotadas

Priscas de calor e sons almas peregrinas noites enluaradas.

As tardes de cores grená voltam a se encontrar ao horizonte azul

Como um linda sinfonia que com passar dos dias fora perpetrada

E torna a ser novamente lida, a pauta redigida, paisagens rebuscadas

Passeiam sobre as retinas imagens que fascinam e cifras ritmadas.

Um quadro que a vida pintou com o passar dos dias e as cores das auroras

Aquarelas que têm como condutor o motor aplicado do tempo e das horas

O presente também é coautor nos esboços vindos e nos traços de agora

E, em tudo, a nós só restou se saber senhor, dono e tutor, o teor, a estória.

Edivaldo Mendonça
Enviado por Edivaldo Mendonça em 31/03/2020
Reeditado em 09/04/2020
Código do texto: T6902355
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