A praça
Quem não se lembra da sua terra
Da casa, infância, dos amigos
De algum lugar?
Minha recordação é da praça!
E o amigo vento me arrastou de lá
Hoje ele resolveu me procurar
Trouxe-me de volta
E pude contemplar
A praça que um dia
Fez parte da minha vida
Dos anseios, sonhos
Hoje pude relembrar
Como de um arquivo
Um a um foram retirados, revistos.
Visitando a praça revitalizada
Do ontem pouco restou!
Onde estão as espirradeiras brancas
Rosa, vermelho sangue
Com seu cheiro?
Sua fragrância permanecia perene
Exalando no ar
Entranhado, ainda sinto o seu perfume,
Como se fosse hoje!
Pra que lado foi o hibisco multicor?
Os bancos da praça
Onde apreciávamos
As tardes de domingo chegar
A águia voou pra outro lado
Plantada no centro
Imponente, permanece a matriz.
A saudade de mãos dadas com a lembrança
Aperta o cerco e pergunta
Você mudou?
O tempo muda os círculos, lagos, ruas, retas, curvas
Praças, lugar!