SALUTAR
Perdoa-me por fazer esperar
Quando ao teu lado eu estava
Deixando-a ao Deus-dará
E por muito desolada
Não lhe foi dada proporção múltipla
Para rebuscar nos pormenores
Até a periclitante súplica
De juízos algozes
Divagando pela imensidão
Da vacuidade voraz
Perpassando constelações
Longínquas dos pontos cardeais
As vezes também o silêncio
É base de uma argumentação
Quando o clima não é propenso
Esta é a melhor solução
Nunca quis fazer alarde
Tampouco tratei com desdém
Mas neste processo de catarse
Ninguém tomou como refém
Espero que no teu julgo
Não tenha sido todo inconsistente
O simples fato de não ser dúbio
Já é um discurso muito eloquente