Fico em silêncio

A angústia faz parte em versos

Na exatidão da água que aquece o mar

E abre as pedras em ondas

Para a natureza deitar o som da vida

É um aniversário cansado em degraus

A alma perde o sentido e anula a ideia

Em meio ao caus a vida se lança

Sinto saudades de um mundo mais estreito

Ando léguas num pensamento sem sombra

Sinto um silêncio numa angústia profana

Vejo o sonho que o vento leva

E longe do passado a idade dobra a hora

Não sei quando sinto aquela alegria

Tudo desfia quando o sol lento perpassa

Vejo em silêncio um muro sem forma

E ganho flores para crescer o meu chão

Mostro ao tempo o meu jardim primavera

Para colorir os anos da minha solidão

Sem pressa para gastar a edição da vida

Quero declinar na chama um novo tempo.

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Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 01/12/2019
Reeditado em 14/12/2019
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