Castelo de papel

O sol e o calor insiste

Aquece, traz luz

Dentro do meu

Pequeno castelo de papel

Tamanha intensidade que

Chega arder os olhos

Apesar de lindo, cansa

Queima e as vezes machuca

A claridade permite ver

Às vezes até enxergar

Mas quase sempre

O escuro do sono

É a melhor parte do dia

Esse castelo abriga muitas vidas

Todos os dias algo morre ou nasce

Ele é um grande baú de vivências

De lembranças, mas essas nunca morrem...

Era o que eu acreditava...

Certa vez uma grande tempestade

Mudou toda a estrutura do castelo

Desta vez, a chuva insistia

Levou o calor, quase toda a luz

Dentro do meu

Pequeno castelo de papel

Era intenso

Até mais intenso

Que o sol

Desta vez não ardeu

Mas cansou,

Machucou

Fez do meu

Pequeno castelo de papel

O melhor dele

Hoje restam lembranças

Restam também saudades

Resta o que enxerguei da chuva

Pedro Alves dos Santos Neto
Enviado por Pedro Alves dos Santos Neto em 02/11/2019
Código do texto: T6785630
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