Castelo de papel
O sol e o calor insiste
Aquece, traz luz
Dentro do meu
Pequeno castelo de papel
Tamanha intensidade que
Chega arder os olhos
Apesar de lindo, cansa
Queima e as vezes machuca
A claridade permite ver
Às vezes até enxergar
Mas quase sempre
O escuro do sono
É a melhor parte do dia
Esse castelo abriga muitas vidas
Todos os dias algo morre ou nasce
Ele é um grande baú de vivências
De lembranças, mas essas nunca morrem...
Era o que eu acreditava...
Certa vez uma grande tempestade
Mudou toda a estrutura do castelo
Desta vez, a chuva insistia
Levou o calor, quase toda a luz
Dentro do meu
Pequeno castelo de papel
Era intenso
Até mais intenso
Que o sol
Desta vez não ardeu
Mas cansou,
Machucou
Fez do meu
Pequeno castelo de papel
O melhor dele
Hoje restam lembranças
Restam também saudades
Resta o que enxerguei da chuva