DO RIO DO TEMPO...

Desço os olhos...

E o que vejo!

A pinguela

A menina tão magrela

A atravessar...

A pular, a saltitar, a rodopiar

O rio e ela

Velhos amigos

A conversar

Ela a perguntar:

Onde foram parar?

E ele a conjeturar:

Como cresceu!

Como sofreu!

Mas aprendeu

Ela chega aqui espiando do tempo o efeito

E eu?

Eu fiquei aqui correndo no leito

Somos dois velhos amigos

Envelhecemos

E continuamos sendo duas crianças

Eu querendo alcançar o mar

E ela insistindo na aprendizagem do verbo amar

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 26/09/2019
Código do texto: T6754310
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